quinta-feira, março 10, 2005

Tugalândia - para reflexão

O Tuga não quer saber do país onde nasceu. Produzir esta afirmação é tarefa fácil. Provar a sua veracidade é tarefa desnecessária, porque só não vê quem não quer. Mesmo assim aqui vai.
Parto do pressuposto que a Tugalândia está no seu pior momento desde Salazar e do facto de que cada vez se torna mais insuportável aqui viver. Dito isto, o Tuga nem se incomoda em, pelo menos, fazer barulho para mostrar que existe. Parece que alguém lhe espetou uma agulha e o anestesiou para todo o sempre. A única atitude que consegue tomar, quando não está sol ou não há um potente almoço domingueiro, é ir votar, pensando que com essa atitude contribuiu para a mudança. Pelo menos trata de limpar a consciência.
O Tuga parece estar à espera que apareça D. Sebastião para salvar a aldeia, mas esse El Tuga, como é do conhecimento geral, nunca virá. Fugiu da Tugalândia, e quem foge não quer voltar. Vai ser preciso portanto, acordar do sono e começar a fazer explodir coisas. E quando digo explodir não estou a querer aplicar uma qualquer figura de estilo, das tantas que o nosso Tuguês possui. Explodir é literal. Explodir carros com políticos lá dentro, casas com políticos lá dentro, enfim, qualquer coisa com políticos lá dentro. Tudo isto para ver se os que não desaparecem nas explosões começam a sentir medo e a fazer alguma coisa de jeito. Isto é só uma sugestão, estou aberto a propostas.
Agradeço que pensem neste assunto, e se por acaso passarem para o lado dos Tugas não anestesiados, aprendam a fabricar o belo cocktail molotov e leiam o "Guerrilla Warfare" do Che Guevara.

P.S. - Se pensarem em fazer-me a seguinte pergunta: "E tu, o que fazes para alterar o estado de coisas na Tugalândia?", aqui fica a resposta: Falta-me aprender a fazer o cocktail... depois é só explodir, explodir, explodir.

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