sábado, julho 28, 2007

Noticia do aeiou, mas despoletada pelo "Portugal Diário"

"Despedido por denunciar pedofilia

O homem que descobriu que os computadores da
Câmara Municipal de Alpiarça estavam a ser usados para visitar sites de conteúdo
pornográfico e pedófilo falou com o aeiou.


Os conflitos já vinham de trás,
começa por explicar ao aeiou Ricardo Jorge Vaz,
antigo técnico informático da Câmara Municipal de Alpiarça.
A primeira
situação ocorreu a 27 de Outubro de 2002, com o chefe de gabinete do Presidente
da autarquia, quando o ex-funcionário verificou que este estava a aceder a sites
pornográficos e pedófilos, como o euro-lolitas; little-virgins; lolita sex
movies e downloads e outros.





"Quando chamei os meus colegas para
testemunharem, em vez de me defenderem, foi aceite uma queixa do chefe de
gabinete, e passei de acusador a réu. Só passado um ano é que a câmara chamou um
técnico informático para ver o histórico das páginas
visitadas
".

Depois deste episódio, Jorge Vaz acabou suspenso por um
ano. Nessa altura, numa reunião camarária, denunciou que a situação se repetia
noutros computadores de trabalho da instituição. Apresentou depois uma queixa na
Polícia Judiciária e decidiu levar o caso para a antena da SIC.

O
Presidente, Joaquim Rosa do Céu, não gostou e foram-lhe instaurados vários
processos. Foi acusado de atentar contra o seu bom nome, e do seu chefe de
gabinete; de ter arruinado a vida política do primeiro; de ter modificado o
histórico do computador, e de tentar, através de cartas e e-mails anónimos,
fazer chantagem.
"Todas as investigações que fiz foram baseadas num
ficheiro chamado index.dat - onde fica registado o histórico - que é muito
complicado de alterar
", sublinha.

Há dois anos que espera que o
Supremo Tribunal Administrativo de Leiria decida se deve ou não ser indemnizado
pela forma como foi despedido, enquanto vai fazendo uns biscates na área da
Construção Civil.
Venceu ainda o processo em que protestava pela sua
suspensão, mas foi interposto recurso e a situação continua por
resolver.
Chegou a um acordo com o chefe de gabinete do autarca, que se
despediu 15 dias após a denúncia inicial.

A notícia voltou à berlinda
esta sexta-feira, depois de Ricardo Vaz ter comentado a um orgão online a
situação de Fernando Charrua.
O aeiou tentou contactar a Câmara
Municipal de Alpiarça mas fonte oficial garante não ter informações para dar.
Aguardamos igualmente esclarecimentos do Supremo Tribunal Administrativo de
Leiria."


Mais uma pérola...


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Estranho...? Mas verdade...

Já repararam nos casos surreais que têm assolado o nosso país ultimamente?

São professores que, com cancro, não se podem reformar... são universidades a fechar... são mães que atiram os filhos pela janela... são polícias que aproveitam e ficam com o guito dos traficantes, são outros que violam e prostituem... são processos arquivados... é o processo casa pia ESQUECIDO!!!!!!!!!!!!!! É um sem número de situações graves sem resposta, de ninguém... nem o povo está preocupado com isso, é altura das férias e a malta tem mais o que fazer... ... ... ... Pois se assim não é, parece.

Não há contestação, não há vontade... limitamos-nos (eu pelo menos, pelos outro não falo) a ver o que acontece sem participarmos. Um dos problemas é que se participasse-mos éramos terroristas. Isto está de tal forma que se calhar só recorrendo mesmo à força e à mudança radical do estado das coisas é que ia lá, tenho pena, sinceramente, tenho pena de ver este meu país a ser esventrado por uns e outro oportunistas e corruptos. Tenho pena de, provavelmente,no meu tempo não ver mudanças substanciais. E tenho pena, mais do que tudo, por não me sentir forte ou importante o suficiente, para fazer frente à forma como vai isto.

Eu não gosto do João Jardim, mas tenho de reconhecer mérito na sua forma de discurso agressivo, porque ninguém o contraria e ele consegue fazer "o que quer" é acutilante. Percebo agora, que quando fala na TV sobre o "continente", não é sobre os continentais mas sim sobre os políticos do continente (que parecem ser fruto de uma promoção de fim de stock, aqueles já amassados e com alguns riscos).

Tal como no artigo publicado anteriormente, esta forma de ser está de tal maneira intrincada, que nos é difícil mudar. Mas se para nós é difícil, comecem a apostar nos vossos filhos... ensinem para termos menos políticos e mais profissionais. Ensinem para que possam ser pessoas melhores a construir uma sociedade melhor.

Para todos um voto de melhoria.


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domingo, julho 22, 2007

Precisa-se de matéria prima para construir um País

Recebi este texto em 2005... mas ao relê-lo continua actual.

"Eduardo Prado Coelho - in
Público

A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como Cavaco, Durão e Guterres. Agora dizemos que Sócrates não serve. E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada. Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates. O problema está em nós. Nós como povo. Nós como matéria prima de um país. Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro. Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais. Pertenço a um país onde,
lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros
países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal
E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.

Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa, como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil para os
trabalhos de escola dos filhos ... e para eles mesmos. Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiram comprar um
descodificador falso da TV Cabo, onde se frauda a declaração de IRS para não
pagar ou pagar menos impostos. Pertenço a um país onde a falta de
pontualidade é um hábito. Onde os directores das empresas não valorizam o
capital humano. Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas
atiram lixo nas ruas e depois reclamam do governo por não limpar os esgotos.
Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros. Onde não
existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é "muito chato ter que ler") e não há consciência nem memória política, histórica nem
económica. Onde os nossos políticos trabalham dois dias por semana para
aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média e beneficiar alguns.

Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas podem ser "compradas", sem se fazer qualquer exame. Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a
pessoa que está sentada finge que dorme para não lhe dar o lugar. Um país no
qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão. Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos governantes. Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de
trânsito para não ser multado. Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas.
Não. Não. Não. Já basta.

Como "matéria prima" de um país, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que
o nosso país precisa. Esses defeitos, essa "CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA" congénita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até se converter em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é real e honestamente má, porque todos eles são portugueses como nós, ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não noutra parte... Fico triste. Porque, ainda que Sócrates se fosse embora hoje, o próximo que o suceder terá que continuar a trabalhar com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos. E não poderá fazer nada... Não tenho nenhuma garantia de que alguém
possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá. Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco, e nem serve
Sócrates, nem servirá o que vier. Qual é a alternativa? Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror? Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa "outra coisa" não
comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para
os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente
estancados....igualmente abusados! É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas
possibilidades de desenvolvimento como Nação, então tudo muda... Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um messias.

Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses nada poderá fazer. Está muito claro... Somos nós que temos que mudar. Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a acontecer-nos: desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e francamente tolerantes com o fracasso. É a indústria da desculpa e da
estupidez. Agora, depois desta mensagem, francamente decidi procurar o responsável, não para o castigar, mas para lhe exigir (sim, exigir) que
melhore o seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido.
Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO DE QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO. AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO NOUTRO
LADO.

E você, o que pensa?.... MEDITE!

EDUARDO PRADO
COELHO"



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Temos de ser assim...

Afinal porque é que somos assim????... Assim como? Então assim, estranhos, 3º mundistas (não existe, inventei para passar melhor a minha ideia), mesquinhos, pequenos, preocupados com os outros mas sempre no mau sentido... Assim...

Então, embora este exemplo seja antigo, as professoras mesmo com CANCRO têm de trabalhar... Ouvi dizer que era por não haver professores no desemprego, eles não arranjavam substituto...

Bom, numa altura em que está na "moda" o terrorismo a FLN deixou um pouco de parte as suas actividades, mas dá a impressão que vai ter de voltar com precisão para resolver certos e determinados problemas.

Abraço!


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