sexta-feira, dezembro 28, 2007

Mensagem de Ano Novo de Um Gajo Chamado Miguel

Um Gajo Chamado Miguel deseja a todos os ziliões de leitores deste blog, nomeada e mormente a alguns, por exemplo, a si e a si, um excelente ano de 2008. É desejo sincero do Gajo que os leitores vejam realizados neste ano novo que se aproxima, todos os seus sonhos e projectos, à excepção daquele impulso incontrolável de comprar chávenas compridas da Buondi. Todos sabemos que essas chávenas são produto exclusivo e não se vendem ao comum dos mortais.

Um especial bem haja aos meus colegas de blog FLN e SeCaDeGaS. Temo que este último tenha caído dentro de alguma pipa de vinho, já que há muito não aparece por aqui. Espero que esteja bem.


Caudações Sordiais, um bom ano de 2008 e "aquele abraço" (não o outro).










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Gripe das aves?

Meus amigos vamos preocupar-nos com coisas importantes... como por exemplo, onde é que se compram aquelas chávenas da Buondi compridas?? Hã?
É que distraem os Portugueses com histórias de gripes, mas os verdadeiros assuntos ficam por resolver.
Onde é que se compram as ditas chávenas? Isso é que é importante resolver, não é camuflar os problemas com gripes!!

A alta esfera da política tem tido tudo! É chegada a altura de partilharem com as pessoas normais!! Vamos fazer um abaixo assinado para forçar a classe politica e os senhores que mandam a divulgar a informação que nos é sonegada.

Para todos um bom ano de 2008.



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terça-feira, dezembro 11, 2007

Para quem não está atento apenas à política...

"Não posso! Não posso com tais pessoas que buscam o lucro fácil e o governo pessoal. "



A busca do lucro fácil e do governo pessoal não é exclusividade da classe política. Em qualquer profissão há sempre quem lhe dê mau nome. Diria até que os maus profissionais são a norma. Portanto, a minha opinião é que os políticos fazem igualmente o que fariam se exercessem outra profissão qualquer. Trabalham mal. Quase todos se aproveitam da posição que têm para se favorecerem a nível pessoal, e esquecem-se do contribuinte, que lhes paga os altos salários que auferem, ou pelo menos ajuda a pagar. Prejudicam o patrão (se quisermos acreditar que o patrão somos todos nós que alimentamos a máquina do Estado...). E quem nunca o fez que atire a primeira pedra. Quem nunca se aproveitou dos meios que tem à sua disposição no local de trabalho para proveito próprio, que atire a primeira pedra. Tal como nenhum patrão neste país inclui nos seus "mandamentos" o sentido de justiça e o estrito respeito pelos direitos do funcionário que contratou. Tudo se rege pela lógica do lucro.

Em suma, tudo funciona mal. Não são só os políticos que mandam neste país, nem todos os outros da oposição. É lugar comum afirmar isto, mas somos todos nós os culpados. Todos os 10 milhões ou lá quantos somos... Concordo que a classe política, fruto da sua natural posição, mais exposta à opinião pública, é a primeira a ser apontada quando se fala de má conduta, corrupção, etc., mas tudo isso é transversal à nossa sociedade. Em todo o lado se trabalha mal. Somos mal servidos e roubados pelos serviços do Estado e por todas as empresas privadas que fornecem bens e serviços. Toda a gente tem más experiências para contar porque alguém não fez o seu trabalho correctamente. Todos se queixam, mas será que todos temos moral para protestar? Será que todos temos autoridade para acusar? Todos nós fazemos o nosso trabalho da melhor forma possível, na medida do que são as nossas capacidades? Não me parece. É por isso que digo que a culpa é de todos. Quase ninguém faz a sua parte. Mas realmente a classe política falha bastante.

A política faz-me confusão. É uma ciência que não entendo. A tarefa de governar um país é uma empresa gigantesca e de grande responsabilidade, e no entanto aquilo que vejo, da posição de quem não entende os meandros dos corredores da política, é o Governo a brincar com os cidadãos, e a oposição a aproveitar-se disso para deitar abaixo o poder, para que seja ela a próxima no poleiro. Nunca vi ninguém dos dois lados a juntar esforços para atingir objectivos. O que vejo são ideais políticos e objectivos pessoais a sobrepor-se às reais necessidades do país e dos cidadão. Faz-me confusão e dificilmente acredito que seja este o melhor método. Mas às tantas o que falha são as pessoas, não o método...


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domingo, dezembro 09, 2007

Para quem está atento à política...

Para quem está atento à política, os meus pêsames... é como o outro " Ahh mas se não têm acompanhado o que está a acontecer no país... não podem participar se não souberem...".

Eu, anónimo da sociedade, digo o seguinte:

És artista (músico)? Vai para o PC!
És artista (outras valências)? Vai para o BE!
És rico? Vai para o PS ou PSD (não faz grande diferença)!
És pobre? Vai para debaixo da ponte (marcar lugar) que isto ainda vai ficar pior!

Por isso vir dizer que os jovens não se interessam pela política não é verdade, eles não se interessam é por estas politicas e estes políticos! Tendo no entanto a consciência que a politica é importante para os grandes (e pequenos também) que vivem dela.

Como dizia o outro: "Deixei-nos trabalhar!" What??? Há quantos anos é não vos deixam trabalhar?? Vai para cima de 600 não?

Não posso! Não posso com tais pessoas que buscam o lucro fácil e o governo pessoal. Atenção que acredito haver pessoas íntegras no meio da escumalha! Mas que nada ou pouco podem fazer mergulhadas no lodo que as cerca.

Concluindo REVOLUÇÃO!!! JÁ!!!!




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quinta-feira, dezembro 06, 2007

Nortense a oficial

Se dúbidas izistem que o Nortense pode ser elebado a idioma uficial deste país, aqui está a bánda mais nortenha de todas as bándas nortenhas a uzar como forma darte esse idioma tocado pelos deuses que é o Nortense. Beijam o saite e depois cumentem fachabor...

http://www.trabalhadoresdocomercio.org/home.php

P.S. Quer dizer...o Nortense já idioma uficial...o país acaba ali a seguir á ponte D. Luis...

P.S. O "colar" debia ser Ctrl+B


terça-feira, dezembro 04, 2007

Do Euromilhões à conquista jornalistica da Lua

Parece até o argumento de um filme de ficção científica, mas a verdade é que é real a conquista da Lua pelo mais afamado periódico do mundo, e até da Europa. Tudo começou numa noite de Sexta-feira, depois de ter ganho pela décima sexta vez consecutiva o primeiro prémio do Euromilhões, que Sata Ananás, da real família dos Ananás Pereira, fundador do Tampa e principal impulsionador deste blog, decidiu que o seu jornal deveria ter representação na Lua, fazendo juz ao espírito aventureiro que sempre o caracterizou.
Adjectivar esta grandiosa empresa é tarefa árdua, uma vez que nunca ninguém sequer imaginou tamanha façanha. Mas Ananás não é homem de quebrar à primeira espremidela. Se bem pensou, melhor ainda colocou em prática o seu plano. Não perdendo tempo, foi à procura do veículo que pudesse transportar todo o material necessário para montar a sua filial na Lua. O seu sonho ganhava asas. Depois de ter percorrido alguns stands na região Norte, chegou à conclusão que só no estrangeiro conseguiria adquirir o veículo ideal. Rumou então a Lisboa. Lá chegado, e com a determinação de um Vasco da Gama dos tempos modernos, procurou exaustivamente a sua São Gabriel alada. Em vão uma vez mais.
Ananás desesperava. Lembrou-se então de usar os seus contactos mais secretos. Decidiu solicitar os préstimos da F.E.I.R.A., o braço armado da F.L.N. Sábia decisão esta, já que esta força de elite simplesmente invadiu o Centro Espacial Kennedy e trouxe consigo uma nave espacial e todo o equipamento necessário ao seu lançamento. Tudo isto num pequeno Unimog. Pequeno por fora, claro, porque o seu interior é gigantesco. É assim a eficiência da F.E.I.R.A.
Assim, com a ajuda da F.E.I.R.A., o material necessário para realizar o seu sonho estava em poder de Sata Ananás. Depois do trabalho de reconversão do interior da nave e dos treinos específicos de Ananás para adaptação à vida na Lua, faltava marcar a data do lançamento. O dia escolhido foi 31 de Fevereiro do ano de 2007. Data histórica, que figurará certamente nos compêndios de História futuros. O lançamento foi um sucesso.
Neste momento, já chegado e instalado no planeta Lua, o Tampa é sem dúvida uma seta apontada para o futuro, um ícone da informação no mundo. Tudo graças à visão de um homem que um dia ganhou por dezasseis vezes consecutivas o Euromilhões e decidiu, numa atitude altruísta, colocar a sua sorte ao serviço da livre informação. Neste momento dirige sozinho o Tampa na Lua, o seu nome de baptismo.

Bem haja Sata Ananás.




Nota do Autor:

F.E.I.R.A. - Força Especial de Intervenção Rápida Anfibia
F.L.N. - Frente de Libertação do Norte.



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sábado, novembro 10, 2007

A maior palavra portuguesa...

Pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico e tem 46 letras.

Pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiose é uma doença rara causada
pela aspiração de partículas microscópicas de cinzas vulcânicas.

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quinta-feira, novembro 08, 2007

O que se passa aqui?

Alguém me explique por favor, o comentário ao post imediatamente anterior a este, e que se refere à carga horária de trabalho dos médicos, a pesquisas de decretos-lei e outras coisas. Não é com certeza uma resposta a nenhum post que eu tenha lido aqui, muito menos àquele onde está inserido o comentário. Fiquei baralhado...


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quinta-feira, outubro 18, 2007

Em jeito de comentário à resposta do comentário do último post do UGCM...

É assim, comentários livres? Sim senhor! Agora elevar o nível do tampa, ao ponto de me fazer pesquisar na net sobre determinado assunto... está mal!
Devo alertar possíveis interessados de que a F.E.I.R.A. regressou, recentemente, de 2 dias de treino no Paquistão... acho que não é necessário dizer mais nada.

A todos os outros (milhares e milhares) de leitores peço... não, exijo desculpas por não me terem avisado que o nível desta casa estava a subir.


Caso a vossa veia poética permaneça, existem outros blogues (ULIVRO) capazes de acomodar esse sangue.

quarta-feira, outubro 17, 2007

Em jeito de resposta ao comentário do meu último post...

Caro Rui, o seu comentário é uma luz no fundo do túnel, no que a este humilde blog diz respeito. Penso que é a primeira pessoa que comenta um post deste blog, excluindo claro os seus autores. Por esse facto fica o meu agradecimento.

Concordo que realmente não merecemos o ar que respiramos. Só não posso ilustrar o meu post com a foto que falou simplesmente porque não consigo olhar para ela. Por alguma razão, depois de ter ganho o Pulitzer, Kevin Carter se suicidou. Mas realmente, melhor imagem não existe para ilustrar as palavras que escrevi.




P.S. - Kevin Carter nasceu na África do Sul.


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terça-feira, outubro 16, 2007

854 milhões...não é apenas um número

Li hoje, algures na imprensa digital, que 854 milhões de pessoas passam fome, apesar de o mundo produzir alimentos suficientes para alimentar toda a gente. 854 mihões, no século 21. Até me soube mal o almoço. Anda um gajo preocupado se pode ou não comprar computador ou a playstation 3, ou o camandro, enquanto há gente que não tem o que comer. Gente como eu, que apenas teve o azar de nascer no sítio errado. Gente que passa fome porque uns quantos poderosos estão preocupados em encher os seus bolsos de dinheiro, sujo de sangue humano. O sangue das pessoas que morrem à fome sem saber porquê.

Chego a ter vergonha de pertencer à raça humana, supostamente a mais inteligente à face deste planeta. Que se foda o Sócrates e as suas intrigas para lixar o país, que se foda a miúda inglesa que desapareceu por causa de uns pais que não o mereciam ser (que se fodam eles também), que se fodam todos os pedantes do jet7, que se foda o futebol e as novelas que só servem para distrair o povinho. Acima de tudo, que se foda toda a gente que acha que tem problemas e ainda consegue ter 3 refeições por dia e uma cama quente para dormir. Problemas? Ponham-se finos porque problema é ver a morte ao virar da esquina por não ter que comer. Ver os filhos morrer por má nutrição. Isso é ter problemas. Poderão dizer..." ah...não é bem assim...problemas todos temos e eu não posso fazer grande coisa...". Fodam-se vocês também. E foda-me eu por não passar das palavras.



P.S. Pensei em usar asteriscos no calão, mas mudei de ideias. Quem não gosta, que se foda também.


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quinta-feira, agosto 23, 2007

Mundo informático...

Pois é, apesar das políticas estranhas a que nos tem habituado, o 1º ministro acertou ao disponibilizar a preço baixo, o acesso dos portugueses à informática e à net.
Várias pessoas que conheço louvam a iniciativa porque a filha já estava a precisar de um para a escola, e porque dá para ver filmes e mais por uma porrada de razões...
Mas no fundamental não vejo forma de criticar esta medida que encheu de alegria muitos lares portugueses e veio aliviar a bolsa dos mesmos para continuarem a ter dinheiro para andarem de carro.


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sábado, julho 28, 2007

Noticia do aeiou, mas despoletada pelo "Portugal Diário"

"Despedido por denunciar pedofilia

O homem que descobriu que os computadores da
Câmara Municipal de Alpiarça estavam a ser usados para visitar sites de conteúdo
pornográfico e pedófilo falou com o aeiou.


Os conflitos já vinham de trás,
começa por explicar ao aeiou Ricardo Jorge Vaz,
antigo técnico informático da Câmara Municipal de Alpiarça.
A primeira
situação ocorreu a 27 de Outubro de 2002, com o chefe de gabinete do Presidente
da autarquia, quando o ex-funcionário verificou que este estava a aceder a sites
pornográficos e pedófilos, como o euro-lolitas; little-virgins; lolita sex
movies e downloads e outros.





"Quando chamei os meus colegas para
testemunharem, em vez de me defenderem, foi aceite uma queixa do chefe de
gabinete, e passei de acusador a réu. Só passado um ano é que a câmara chamou um
técnico informático para ver o histórico das páginas
visitadas
".

Depois deste episódio, Jorge Vaz acabou suspenso por um
ano. Nessa altura, numa reunião camarária, denunciou que a situação se repetia
noutros computadores de trabalho da instituição. Apresentou depois uma queixa na
Polícia Judiciária e decidiu levar o caso para a antena da SIC.

O
Presidente, Joaquim Rosa do Céu, não gostou e foram-lhe instaurados vários
processos. Foi acusado de atentar contra o seu bom nome, e do seu chefe de
gabinete; de ter arruinado a vida política do primeiro; de ter modificado o
histórico do computador, e de tentar, através de cartas e e-mails anónimos,
fazer chantagem.
"Todas as investigações que fiz foram baseadas num
ficheiro chamado index.dat - onde fica registado o histórico - que é muito
complicado de alterar
", sublinha.

Há dois anos que espera que o
Supremo Tribunal Administrativo de Leiria decida se deve ou não ser indemnizado
pela forma como foi despedido, enquanto vai fazendo uns biscates na área da
Construção Civil.
Venceu ainda o processo em que protestava pela sua
suspensão, mas foi interposto recurso e a situação continua por
resolver.
Chegou a um acordo com o chefe de gabinete do autarca, que se
despediu 15 dias após a denúncia inicial.

A notícia voltou à berlinda
esta sexta-feira, depois de Ricardo Vaz ter comentado a um orgão online a
situação de Fernando Charrua.
O aeiou tentou contactar a Câmara
Municipal de Alpiarça mas fonte oficial garante não ter informações para dar.
Aguardamos igualmente esclarecimentos do Supremo Tribunal Administrativo de
Leiria."


Mais uma pérola...


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Estranho...? Mas verdade...

Já repararam nos casos surreais que têm assolado o nosso país ultimamente?

São professores que, com cancro, não se podem reformar... são universidades a fechar... são mães que atiram os filhos pela janela... são polícias que aproveitam e ficam com o guito dos traficantes, são outros que violam e prostituem... são processos arquivados... é o processo casa pia ESQUECIDO!!!!!!!!!!!!!! É um sem número de situações graves sem resposta, de ninguém... nem o povo está preocupado com isso, é altura das férias e a malta tem mais o que fazer... ... ... ... Pois se assim não é, parece.

Não há contestação, não há vontade... limitamos-nos (eu pelo menos, pelos outro não falo) a ver o que acontece sem participarmos. Um dos problemas é que se participasse-mos éramos terroristas. Isto está de tal forma que se calhar só recorrendo mesmo à força e à mudança radical do estado das coisas é que ia lá, tenho pena, sinceramente, tenho pena de ver este meu país a ser esventrado por uns e outro oportunistas e corruptos. Tenho pena de, provavelmente,no meu tempo não ver mudanças substanciais. E tenho pena, mais do que tudo, por não me sentir forte ou importante o suficiente, para fazer frente à forma como vai isto.

Eu não gosto do João Jardim, mas tenho de reconhecer mérito na sua forma de discurso agressivo, porque ninguém o contraria e ele consegue fazer "o que quer" é acutilante. Percebo agora, que quando fala na TV sobre o "continente", não é sobre os continentais mas sim sobre os políticos do continente (que parecem ser fruto de uma promoção de fim de stock, aqueles já amassados e com alguns riscos).

Tal como no artigo publicado anteriormente, esta forma de ser está de tal maneira intrincada, que nos é difícil mudar. Mas se para nós é difícil, comecem a apostar nos vossos filhos... ensinem para termos menos políticos e mais profissionais. Ensinem para que possam ser pessoas melhores a construir uma sociedade melhor.

Para todos um voto de melhoria.


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domingo, julho 22, 2007

Precisa-se de matéria prima para construir um País

Recebi este texto em 2005... mas ao relê-lo continua actual.

"Eduardo Prado Coelho - in
Público

A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como Cavaco, Durão e Guterres. Agora dizemos que Sócrates não serve. E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada. Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates. O problema está em nós. Nós como povo. Nós como matéria prima de um país. Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro. Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais. Pertenço a um país onde,
lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros
países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal
E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.

Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa, como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil para os
trabalhos de escola dos filhos ... e para eles mesmos. Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiram comprar um
descodificador falso da TV Cabo, onde se frauda a declaração de IRS para não
pagar ou pagar menos impostos. Pertenço a um país onde a falta de
pontualidade é um hábito. Onde os directores das empresas não valorizam o
capital humano. Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas
atiram lixo nas ruas e depois reclamam do governo por não limpar os esgotos.
Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros. Onde não
existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é "muito chato ter que ler") e não há consciência nem memória política, histórica nem
económica. Onde os nossos políticos trabalham dois dias por semana para
aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média e beneficiar alguns.

Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas podem ser "compradas", sem se fazer qualquer exame. Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a
pessoa que está sentada finge que dorme para não lhe dar o lugar. Um país no
qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão. Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos governantes. Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de
trânsito para não ser multado. Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas.
Não. Não. Não. Já basta.

Como "matéria prima" de um país, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que
o nosso país precisa. Esses defeitos, essa "CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA" congénita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até se converter em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é real e honestamente má, porque todos eles são portugueses como nós, ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não noutra parte... Fico triste. Porque, ainda que Sócrates se fosse embora hoje, o próximo que o suceder terá que continuar a trabalhar com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos. E não poderá fazer nada... Não tenho nenhuma garantia de que alguém
possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá. Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco, e nem serve
Sócrates, nem servirá o que vier. Qual é a alternativa? Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror? Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa "outra coisa" não
comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para
os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente
estancados....igualmente abusados! É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas
possibilidades de desenvolvimento como Nação, então tudo muda... Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um messias.

Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses nada poderá fazer. Está muito claro... Somos nós que temos que mudar. Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a acontecer-nos: desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e francamente tolerantes com o fracasso. É a indústria da desculpa e da
estupidez. Agora, depois desta mensagem, francamente decidi procurar o responsável, não para o castigar, mas para lhe exigir (sim, exigir) que
melhore o seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido.
Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO DE QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO. AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO NOUTRO
LADO.

E você, o que pensa?.... MEDITE!

EDUARDO PRADO
COELHO"



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Temos de ser assim...

Afinal porque é que somos assim????... Assim como? Então assim, estranhos, 3º mundistas (não existe, inventei para passar melhor a minha ideia), mesquinhos, pequenos, preocupados com os outros mas sempre no mau sentido... Assim...

Então, embora este exemplo seja antigo, as professoras mesmo com CANCRO têm de trabalhar... Ouvi dizer que era por não haver professores no desemprego, eles não arranjavam substituto...

Bom, numa altura em que está na "moda" o terrorismo a FLN deixou um pouco de parte as suas actividades, mas dá a impressão que vai ter de voltar com precisão para resolver certos e determinados problemas.

Abraço!


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quarta-feira, maio 23, 2007

Já está criado...

Apenas para informar que decidi criar o dia mundial do insulto ao primeiro ministro e um segundo (segundo de tempo, não de segundo dia) de insulto à directora... Falou-se, perto das eleições, que o charme do Sócrates arrecadou muitos votos femininos... Pois não será necessário perguntar à Directora em quem votou.



Por outro lado tenho de dizer o que penso em relação a isto... temos um amigo do prof. que é um cara**o porque vai contar tudo o que é "discutido" entre "amigos" (ainda há pouco tempo falei numa lei que obrigava a este tipo de prática) e estamos a falar de pessoas com uma certa idade, ou seja, nem FDP é, porque apesar da profissão da mãe, podia ser uma pessoa com princípios. Infelizmente esta é uma prática comum no mundo laboral, onde "subir"(?!?) a qualquer preço é normal e deve ser incentivado. DIVIDIR PARA CONQUISTAR!





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Piada? Levas com um processo...

Margarida Moreira, directora regional de Educação do Norte, ordenou a abertura de um processo disciplinar a Fernando Charrua, o professor, ex-deputado do PSD e marido da vereadora da Educação da Câmara do Porto, Matilde Alves, por ter feito comentários insultuosos sobre José Sócrates e a sua licenciatura. Não satisfeita, accionou um inquérito no Ministério Público ao encaminhar o auto da denúncia que recebeu. A atitude desencadeou acesas críticas na opinião pública.



O Provedor de Justiça exige explicações e os deputados reivindicam a presença da ministra da Educação no Parlamento. Jorge Pedreira, secretário de Estado adjunto e da Educação, respondeu ontem que “a ministra nada tem a explicar aos deputados”.



Na base da polémica está a frase, confirmada ao CM por fonte oficial: “Estamos num país de bananas, governado por um filho da p... de um primeiro ministro”.



Fernando Charrua remete-se ao silêncio para se salvaguardar durante a fase de inquérito disciplinar, mas Margarida Moreira confirma ao CM ter “participado o caso ao MP. “Disse desde a primeira hora que se trata de um insulto. Não se pode insultar ninguém e insultar o primeiro-ministro é crime público”, afirma de forma veemente, garantido estar “de consciência tranquila”. Quanto à onda de protestos gerada pela sua decisão, a directora regional garante que tais reacções “não perturbam rigorosamente nada” e que a preocupação é “garantir que o inquérito decorra de forma justa sem pressões”.



O caso ocorreu a meados de Abril, mas a suspensão do ex-deputado só aconteceu há cerca de duas semanas. O professor entregou uma providência cautelar para anular a suspensão preventiva – que tem lugar enquanto dura a instrução do processo disciplinar – mas o ministério decidiu cessar a requisição de Fernando Charrua pelos serviços da DREN. Actualmente, o professor está na biblioteca da Escola Secundária Carolina Michaellis.



Numa carta de despedida, enviada aos conselhos executivos do Norte, Fernando Charrua admite apenas ter feito “um comentário jocoso a um colega, dentro de um gabinete”. E acrescenta que a frase não partiu da sua imaginação, mas foi retirada “do anedotário nacional do caso Sócrates/Independente”.



A directora regional define-se como “alguém como bastante sentido de humor” e adianta não saber “onde o professor terá ouvido tal piada”. “Eu nunca a tinha ouvido, não havia piada nenhuma no que foi dito e não tem nada a ver com a licenciatura de José Sócrates”, diz ao CM, frisando que “abriria um processo disciplinar se o que foi dito pelo professor fosse chamado a um colega, ao porteiro ou à empregada da limpeza”. Margarida Moreira recusou responder se este é o primeiro comportamento reprovável de Fernando Charrua na DREN e se o professor já foi alvo de outros processos disciplinares.



As penas previstas no código penal para os crime de difamação e injúria variam entre três e seis meses de prisão ou multas entre 120 a 240 dias. as penas podem ser agravas se os ofendidos forem membros de órgão de soberania. Sempre que o ofendido exerça autoridade pública é suficiente a queixa ou participação”.



PERFIS



Fernando Charrua deu aulas de Inglês durante 19 anos. Esteve outros tantos na DREN, período interrompido pelo mandato de deputado. Margarida Moreira foi responsável pelo departamento de formação contínua da DREN e promovida a directora-geral após a tomada de posse do Governo de Sócrates, em 2005.



REACÇÕES



EXPLICAÇÕES



O PSD pediu ontem a audição da ministra Maria de Lurdes Rodrigues na comissão parlamentar de Educação para esclarecer os contornos do caso.



REQUERIMENTO



O BE optou por enviar um requerimento para o ministério a pedir esclarecimentos.



FALTA DE LIBERDADE



Em requerimento, o CDS-PP alega que a atitude de Margarida Moreira demonstra “falta de liberdade de expressão”.



HUMOR DE LINO SEM PROBLEMAS



Perante 500 pessoas, numa defesa acesa do aeroporto da Ota, o ministro Mário Lino arrancou gargalhada geral ao fazer piada com o seu currículo, numa altura em que muito se escrevia sobre a licenciatura de José Sócrates. “O terreno é mais plano, pelo que há menor movimentação de terras. Este raciocínio não é sério e digo-o invocando a minha qualidade de engenheiro civil... Inscrito na Ordem dos Engenheiros”, disse.



ANEDOTA COM POUCA GRAÇA



Em 1993, Carlos Borrego, então ministro do Ambiente de Cavaco Silva, foi demitido por ter contado uma anedota aos microfones de uma rádio local. “Sabem o que é que fazem os alentejanos de Évora aos cadáveres das pessoas que têm morrido recentemente? Fazem reciclagem para aproveitar o alumínio”, brincou o governante numa alusão à morte de doentes de hemodiálise após o excesso de alumínio na água.



Diana Ramos / E.N.





Quer dizer... o homem até nem disse mentira nenhuma...e a bem dizer, existem coisas bem mais importantes e escandalosas para ocupar o tempo da Justiça em Portugal. Bem, o certo é que a
directora regional de Educação do Norte decidiu armar-se em defensora da honra do nosso Primeiro Ministro...honra que até ele próprio se esforça por descredibilizar. E insultar por insultar, já ele mesmo insulta a inteligência dos professores deste país. Isso é que merecia processo disciplinar. E onde fica a liberdade de poder insultar o Primeiro-Ministro de Portugal? Gostava de poder viver num país onde essa liberdade fosse uma realidade... Chamar-lhe FDP sem precisar de ter medo de um processo. Quer dizer... eu posso fazê-lo... não sou professor.









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quarta-feira, maio 16, 2007

Xiiii ai isto é assim?

O advogado de 46 anos, acusado de abuso sexual no processo de pedofilia da Casa Pia, está à beira de ser admitido no curso de formação de magistrados. O nome de Hugo Marçal vem publicado no Diário da República de ontem, com a indicação de estar dispensado de realizar as provas escrita e oral. Está com um pé no CEJ.

Hugo Marçal está em vias de ser admitido a frequentar o curso de auditor de justiça do Centro de Estudos Judiciários . O nome do arguido no processo de pedofilia da
Casa Pia vem publicado no Diário da República de ontem, entre centenas de candidatos a frequentar a escola que forma os juízes portugueses.
Mas ao contrário dos outros, Hugo Marçal não vai prestar provas. Pelo facto de ser doutor em Direito - grau académico que terá obtido em Espanha - está por lei «isento da fase escrita e oral» e tem ainda «preferência sobre os restantes candidatos». Resultado: o advogado de Elvas está na prática à beira de ser seleccionado para o curso que formará a próxima geração de magistrados.


O nome de Hugo Manuel Santos Marçal surge na página 4961 do Diário da República de ontem, 2.ª série, com o número 802, na lista de candidatos a ingressar no CEJ.

Se concluir o curso com aproveitamento e iniciar uma carreira nos tribunais - primeiro como auditor de justiça, depois como juiz de direito - Marçal terá também o privilégio de não ser julgado num tribunal de primeira instância.

Assim, se o julgamento do processo Casa Pia ainda subsistir, haverá que proceder à separação de processos, e o caso de Marçal será tratado por juízes desembargadores, no tribunal da Relação.

Advogado em Elvas, Hugo Marçal, de 46 anos, é suspeito do abuso reiterado de um ex-aluno da Casa Pia e de ser cúmplice no esquema de prostituição alegadamente montado por Carlos Silvino.

A acusação relaciona-o com os encontros numa casa de Elvas onde menores da Casa Pia mantinham relações sexuais com clientes angariados por Silvino, o ex-motorista da Casa Pia e principal arguido do processo.

São ainda acusados neste processo Carlos Cruz, o ex-provedor-adjunto da Casa Pia, Manuel Abrantes, e o médico Ferreira Diniz, entre outros.

O Ministério Público pretende que Hugo Marçal seja condenado por 36 crimes: 22 de lenocínio e 14 de abusos sexuais de menores (respeitantes a um único menor).



sábado, maio 12, 2007

Desaparecimento...

É certo que será sempre uma tragédia o desaparecimento de uma criança, seja ela de que nacionalidade for, mas já repararam no atropelo jornalístico para reportar ESTE desaparecimento? Haveria a mesma mobilização para uma criança portuguesa? Ou os pais eram imediatamente "condenados" por terem deixados os filhos sozinhos??



Então temos a "ajuda" da polícia inglesa... e sobre essa ajuda deixo esta imagem.


quinta-feira, maio 10, 2007

Uma pergunta

Folgo em saber que estamos de acordo quanto aos limites da liberdade do fumador, que se aplicam, aliás, seja a que assunto for.



Quanto à questão da obrigatoriedade da denúncia, realmente parece uma coisa salazarista. Mas se pensarmos bem e reduzirmos a questão à sua forma mais simples, o dono de café só está a denunciar um desrespeito pela Lei em causa, como é seu dever como cidadão. Mas isto não é uma questão simples. O problema aqui é obrigar o proprietário à denuncia. Era muito mais lógico deixar essa iniciativa para os clientes. Pegavam no livro de reclamações, ou de outra forma qualquer, e denunciavam. Assim pagava quem deve em primeira instância zelar pelo cumprimento da lei, ou seja, o proprietário. Acho que fazia mais sentido, até porque nenhum dono de café vai denunciar nenhum cliente e arriscar-se a perder clientes. E claro, é irreal pensar que as autoridades vão conseguir fiscalizar todos os cafés e restaurantes deste país. Devem ser utentes a ajudar na fiscalização. Digo eu...



Por outro lado, e para tentar ver respondida uma duvída que tenho, aqui vai uma pergunta: Porque exigem os fumadores condescendência de tudo e todos para com o seu hábito? Esse hábito faz mal, no extremo até mata. Será porque é um hábito de tal forma socialmente aceite que o mal que faz aos outros já parece também aceitável? É que eu, de cada vez que tento queixar-me do fumo dos outros, parece que estou a falar outra língua. Quase nunca sou levado a sério. Muito menos sou respeitado. E estou a falar de situações que acontecem no meu próprio local de trabalho.













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quarta-feira, maio 09, 2007

Na realidade...

Na realidade, concordo que a liberdade do fumador acaba quando começa a dos outros... mas não é essa a razão de indignação sobre a lei... mas sim o fantástico acto, obrigatório, para os proprietários do estabelecimento em acusar os infractores. Compreendia no caso de roubo, compreendia no caso de fabricação de bombas, compreendia em muitas situações... mas se estamos a apelar à denúncia neste caso, o passo para a denúncia de ideias ou tendências contrárias às em vigor, está ao virar da esquina.



É o país que temos, em que as leis camufladas de inocência e com gritos de cidadania e progresso conseguem passar despercebidas... tal como a mais recente das caixas para ver tvcabo... são proibidas... certo. Para cabo... certo. Para satélite... certo... alto! Então espera aí... fomos nós que pedimos para as transmissões enviadas do satélite invadirem as nossas casas? Então digam-me como deixar de subscrever o serviço... porque alterar os receptores originais da tvcabo está errado! Mas se alguém comprar um receptor e uma antena e o ligar é crime? Enfim, compreendo no caso de exploradores (vulgo CHULOS) que se aproveitam das pessoas para as chular. Esses serem exemplarmente punidos... agora o Manuel Joaquim, que tem um aparelho para "cheirar" uns canais... acho que não...





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segunda-feira, maio 07, 2007

Digo eu...

Para o meu caro colega de Blog FLN e demais fumantes que decidam ler isto...



Lei, no sentido jurídico, é um conjunto de regras para a direcção da conduta humana, que é imposto e ministrado aos cidadãos de um dado Estado. A definição não é minha, encontrei-a num site.



Atente-se especialmente na parte onde se lê " direcção da conduta humana". A conduta humana é regulada por lei, não só, mas também naqueles casos em que o próprio ser humano não tem o discernimento suficiente para perceber que está de alguma forma a prejudicar alguém com o seu comportamente, seja ele qual for. Nesses casos a lei protege um cidadão do desrespeito de outro. Um cidadão que rouba outro, por exemplo, infringe a lei estabelecida, mas ao roubar está primeiramente desrespeitar a propriedade de outra pessoa. O larápio não tem a consciência suficiente para perceber que não deve fazer seu o que é dos outros. Aí entra a Lei.


Não estou a comparar o fumador com um ladrão. Não é disso que se trata. O meu ponto de vista é o seguinte: Acho que é consensual que o fumo do tabaco é prejudicial à saúde. Até um fumador o admite sem problemas. Ora, se o fumo do tabaco faz comprovadamente mal à saúde, o fumador, consciente do facto, quando em local fechado de acesso público ou mesmo no local de trabalho, como me acontece a mim próprio, está a colocar em perigo a saúde de todos quantos frequentam tal local. Então, se o fumador, por iniciativa própria, não respeita a saúde do não fumador, é necessária a existência de uma Lei que proteja os não fumadores contra o desrespeito dos fumadores.



Facilmente percebo que os fumadores se sintam atacados nas suas liberdades pessoais quando os proíbem de fumar onde eles muito bem entendem, mas se o seu vício fosse o de mastigar pastilha elástica eu até concordava com a indignação. Mastigar pastilha elástica não prejudica ninguém a não ser os dentes do "cidadão mastigante", mas o fumo do tabaco comprovadamente prejudica. O problema é o tabaco ser um vício socialmente aceite e ser tratado de uma forma mais benevolente mesmo pelos não fumadores, quando comparado com outras drogas mais pesadas. Mas o ser socialmente aceite não o torna menos prejudicial.



É isto que penso acerca da lei que anda a ser "cozinhada". É apenas uma lei para proteger uns da falta de respeito dos outros. Acho que é exagerada se for alargada aos estabelecimentos de diversão nocturna. Penso até que é irreal o cumprimento dessa lei nesses locais. Quanto ao resto...não percebo porque tenho que tolerar o fumo de tabaco quando estou a almoçar ou jantar num restaurante. Se eu estiver a comer fritos prejudico apenas o meu nível de colesterol. O meu apenas e só. Já o fumador ao meu lado... É tudo uma questão de respeito pelo próximo...digo eu.



P.S. - A questão da denuncia é complicada. Parece que estamos a voltar ao tempo dos bufos da PIDE. Mas uma coisa é certa. Se o dono do estabelecimento não for obrigado a denunciar o fumador, vai deixar passar em claro a proibição a que a lei obriga, até por uma questão de lucro. Se mesmo obrigado a denunciar, decidir não o fazer, provavelmente também nada lhe acontece. Não me parece que a fiscalização funcione ao ponto de conseguir apanhar donos de cafés ou restaurantes em incumprimento da lei. Num país onde a maioria das fiscalizações ou não funcionam ou são corruptas, a norma é tudo ficar na mesma ou ao gosto dos interesses de alguém...













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terça-feira, maio 01, 2007

Tabaco: nova lei obriga comerciantes a denunciar clientes fumadores

A proposta de lei anti-tabaco que o Parlamento discute amanhã na
generalidade poderá obrigar os proprietários dos cafés e restaurantes
com menos de cem metros quadrados a denunciar os clientes fumadores.




De acordo com a proposta de lei caberá ao proprietário do
estabelecimento "chamar as autoridades administrativas ou policiais, as
quais devem lavrar o respectivo auto de notícia".




Por seu lado, os restantes utentes dos serviços que defendam o
cumprimento da lei e se deparem com a sua infracção, poderão apresentar
"queixa por escrito, circunstanciada, usando para o efeito,
nomeadamente, o livro de reclamações disponível no estabelecimento em
causa".




Quando a proposta de lei foi aprovada em Conselho de Ministros, a 1 de
Março, a Associação de Restauração e Similares de Portugal (ARESP)
alertou para "os evidentes prejuízos socio-económicos para os
estabelecimentos de restauração e bebidas, e ainda mais, para os
espaços de diversão, advenientes da proibição do fumo nestes locais".




A nova lei, que poderá ser diferente da Proposta de Lei, conforme a sua
discussão na Assembleia da República, proíbe o fumo em praticamente
todos os espaços fechados.



Boa lei? Certo... pois depois de meterem os
proprietários de cafés a testemunhar e denunciar clientes, a próxima
etapa vai ser testemunhar e denunciar todos aqueles que não votam no
partido... e depois todos aqueles que não têm as mesmas ideias...





É uma lei perigosa, pelo que representa e para onde tende a evoluir... mas esta é a minha opinião (dou-a, enquanto a posso dar).










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quinta-feira, abril 26, 2007

Eles andam aí...

Astrónomos repararam num estranho padrão no planeta Saturno, que se assemelha a um hexágono.





Este “hexágono” foi visto pela primeira vez há mais de duas décadas
pela Voyager 1 e 2, mas agora novamente vislumbrado pela Cassini leva à
conclusão de que é um fenómeno de longa duração.





O hexágono mede cerca de 25,000 quilómetros de diâmetro, o que equivale
a dizer que podiam lá caber quatro planetas Terra. Nunca foi visto nada
semelhante noutro planeta, e a atmosfera espessa de Saturno faria com
que este fosse um dos últimos lugares onde se esperaria encontrar uma
figura geométrica de seis lados.





Fonte




















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quarta-feira, abril 25, 2007

windows

E se a ideia fosse processar todas as pessoas que usam o windows ilegalmente, a empresa proprietária estaria em maus lençóis... As pessoas, em casa começariam a usar o linux... a partir daí adquiriam conhecimentos para o usar também nas empresas. Qual seria a probabilidade das empresas, sabendo que os trabalhadores sabiam utilizar o linux, trocarem o windows por esse sistema operativo?



Provavelmente era grande...



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segunda-feira, abril 09, 2007

OTA? Não obrigado!

Regionalismos à parte, abaixo o governo! Temos de reconquistar o nosso País das mãos de políticos incompetentes que sabem governar demasiadamente bem os seus bolsos.

A julgar por alguns que conheço, só mesmo por não sabendo fazer nada e não tendo habilitações é que consegue ir para político.



Portugueses! Este é o nosso País, é este que vai ficar na ruína por políticas desastrosas e não partilhadas! Reparem que não faço apologia de nenhum partido. O governo devia ser escolhido por curriculum! E aí só quem fosse competente podia governar.



Abraços!





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sábado, março 31, 2007

NUNCA ACONTECEU!

Se reparar-mos o caso casa pia nunca aconteceu... quem é que hoje em dia se lembra dele? Quem é que se lembra que o Hermen é um paneleiro e que admitiu em tribunal que o fez com um miúdo de 16 anos?... Tal como a ditadura, já parece ter acontecido há tanto tempo que parece que não aconteceu, tendo em conta o revelado no programa da RTP1.



Portugueses acordem, que nos estão a fazer a cama!



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quarta-feira, março 28, 2007

Até parece fácil...

O novo design do tampa foi aprovado... agora resta estabelecer conteúdos... existem ideias novas que poderão fazer mudar a política de desenvolvimento do tampa.



Para os que ajudam o tampa a crescer o meu obrigado.



Vê o novo tampa em www.tampa.pt.vu







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segunda-feira, março 05, 2007

Trabalhadores da Câmara andam com as botas rotas

"Os comunistas consideram que a Câmara tem uma "dualidade de critérios"
quando, por um lado, "os trabalhadores não podem substituir as fardas e
são obrigados a tomar banho de água fria no final de uma dura jornada
de trabalho" e, por outro, "a maioria PSD/PP decidiu adquirir, em
renting, 13 automóveis de luxo para os vereadores e conselhos de
administração das empresas municipais"."

in JN de hoje (data do post)



Então são os comunistas que consideram... assim de repente, acho que também considero... Uma falta de vergonha (no mínimo) não serem disponibilizadas verbas para a substituição dos EPI's do pessoal. A IGT devia trabalhar e multar a câmara por não acautelar a segurança e saúde dos seus funcionários.





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quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Diálogo em dia de referendo

O nosso Primeiro-Ministro foi votar sem o Bilhete de identidade...


José Sócrates (JS) - Bom dia...como estão todos? Venho votar o voto...

Presidente da Mesa de Voto (PMV) - Bom dia Sr. Primeiro Ministro, como está hoje? Benzinho?

JS - Vou andando...mas olhe...esqueci-me do meu B.I. ... vê algum problema nisso?

PMV - Por amor de Deus, meu caro senhor. Então ia eu impedir alguém de votar por se esquecer de um simples B.I. ? Além do mais...é o Sr. Primeiro Ministro...

JS - Oh...que simpatia...pois então voto assim mesmo, se mo permitir...

PMV - Faça o favor de preencher o boletim...

JS - Aqui está...pronto...dever cumprido...

PMV - Então até à próxima, Sr. Primeiro Ministro...

JS - Até mais...vou ali mandar umas tretas para os jornalistas... ossos do ofício...


Momentos depois, na mesma mesa de voto...


Zé Tuga - Oh cabeça a minha...esqueci o BI em casa...e agora?

PMV - Pois...o senhor deve achar que vai votar nesta mesa sem o BI...pois está enganado...

Zé Tuga - Mas...o JS ainda há pouco fez o mesmo...

PMV - O senhor deve achar que é mais que os outros...vá mas é depressinha buscar o BI ou aqui não vota o voto...nem aqui nem em lado nenhum que eu telefono para meio mundo só para não o deixar votar o voto sem BI...

Zé Tuga - Mas...mas...mas...

PMV - Nem mas nem meio mas...aqui não vota o voto... e pronto!!!! Deve achar-se superior não?? Tenha vergonha na cara...Sair de casa para votar o voto sem BI...onde já se viu...

Zé Tuga - Pronto...está certo. Sorte a sua a lei do aborto não ter efeitos retroactivos, senão o senhor era um homem morto...coitada da sua mãe...


E assim se vai vivendo no reino da Tugalândia...





















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quinta-feira, fevereiro 01, 2007

CORRECÇÃO URGENTE!

"Qualquer dia invadem-nos só por pena do povo português, para nos salvar dos governantes mais estúpidos, em média, da União Europeia, que temos à (in)gerir o país."

O Departamento de estatistica universal enviou-me um mail urgente acerca do post anterior. Assim, deve ler-se : Qualquer dia invadem-nos só por pena do povo português, para nos salvar dos governantes mais estúpidos do Universo e arredores, que temos à (in)gerir o país.

Aproveito para deixar a minha impressão como português. Como sabemos ninguém dá nada a ninguém... quando vamos à feira discutir os preços, vemos o exemplo perfeito das conversações entre governo e parceiros sociais.
- Custa 15...
- Dou 5...
- Fica por 10...
- Olhe, meta isso no #&%""##

Bom, o que é certo é que lá fora o ministro disse, o que todos sabem cá dentro. É certo que também não sei se haverá, realmente, hipótese de subirem os salários... sabemos que a economia não está bem... mas de uma coisa tenho a certeza, se continuarem a DIMINUIR aos salários, Portugal em pouco tempo não terá de se preocupar com a concorrência africana, porque chegaremos ao mesmo nível rapidamente.

Algo que todos os portugueses sentem na pele (todos sendo os trabalhadores, porque os patrões não dão sinais de descontentamento ou sequer de poupança), é a diminuição do poder de compra, é o mês mais longo, é a pressão intensa para gastar, é o aumento brutal dos combustíveis e de tudo o que precisamos para viver...

Enfim... Ai Portugal, Portugal...

Ganhamos mal...

Então não é que o nosso Ministro da Economia foi para a China apregoar que a malta cá pelo burgo oferece os custos salariais, em média, mais baixos da União Europeia, e apresenta esse facto como uma vantagem competitiva...? E ainda diz que "a pressão para a sua subida é muito menor do que nos países do alargamento"...? Quer dizer, a malta não faz pela vida? Não faz pressão para que os salários sejam mais justos...? Isso é verdade...



Mas de qualquer forma... Já não chega dizer asneiras dentro de portas, ainda se vão dizer estas coisas para o estrangeiro... Qualquer dia invadem-nos só por pena do povo português, para nos salvar dos governantes mais estúpidos, em média, da União Europeia, que temos à (in)gerir o país.



"Ah...vamos lá invadir Portugal...os coitados são tão mal governados que até aceitam de bom grado uma força ocupante...vamos lá, vamos... coitados...e ganham mal... e nem sabem impor-se...vamos ajuda-los..."





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terça-feira, janeiro 30, 2007

...numa das paredes do maus hábitos...

"Hoje, a televisão e a comunicação permitem a manutenção do status quo, fabricando a ilusão em conceitos como democracia e liberdade."



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sexta-feira, janeiro 19, 2007

Achei interessante e decidi partilhar...

Belmiro de Azevedo, presidente do Grupo Sonae

«Pleno emprego é fictício»

O pleno emprego em Portugal é fictício, porque o Estado e o Governo continuam a absorver pessoas por causa do aumento da burocracia, da falta de formação das força de trabalho da administração pública e da política de contratação indiscriminada. Quem o afirma é Belmiro de Azevedo, presidente do Grupo Sonae, em entrevista ao Expresso. Cáustico e pragmático quanto baste, o conhecido empresário português também não poupa críticas à ineficácia do ministério da Educação, à falta de visão e isolamento dos empresários e ao corporativismo universitário, «difícil de perceber, porque os professores deviam ser pessoas de inteligência superior».

Belmiro de Azevedo com Ruben Eiras

Versão adaptada do Expresso

Belmiro de Azevedo Portugal é um país de doutores desempregados?

BELMIRO DE AZEVEDO - O significado da palavra "doutor" em Portugal foi evoluindo até se tornar numa espécie de bilhete de entrada no mercado de trabalho a preço fixo. Quando tinha 17 anos de idade, na Faculdade de Ciências, os contínuos já chamavam "doutores" aos alunos do primeiro ano. Assim, diferente de outros países, onde pessoas que são realmente "doutores" não são designadas por tal, aqui em Portugal há pessoas chamadas por esse título, independentemente da sua capacidade intelectual e competência. Ou seja, existem e continuam existir muitas pessoas que entram na universidade sem a vontade de trabalhar na área que escolheram, nem com a competência necessária para tal. Por isso, há excesso de formação em certas áreas, o que acaba, em parte, por desvalorizar a licenciatura.

Como é que avalia a qualidade do ensino em Portugal?

B.A. - Por um lado, o ensino está mais diverso e ensinam-se coisas mais próximas do mercado. Mas há menos rigor, não só da parte dos alunos, como também e ainda mais da parte do professores. Em suma, o produto final é pior.

Como é que o ensino chegou a esse ponto?

B.A. - Não foi uma coisa que aconteceu de um dia para outro. O 25 de Abril teve muita influência neste processo, porque muitos bons professores foram eliminados por serem acusados de colaboracionistas com o antigo regime. Para o lugar deles entraram incompetentes com alguns ideais radicais e o título era atribuído mais pelo seu grau de radicalismo do que pela sua competência. O resultado foi um certo abandalhamento do conceito de disciplina e dos valores na universidade, o que deu início a um período de excesso de liberdade e de auto-interpretação corrente de quem faz o quê, culminando na situação corrente de termos maus alunos e maus professores. Maus professores que dizem que ganham pouco e por isso têm que ter "multi-emprego", e maus alunos que passam a vida a protestar na ruas por causa das propinas serem caras. Raramente vêem se alunos a exigirem uma universidade melhor, um currículo melhor e professores melhores. E raramente se vêem professores a invocarem mais salário para ensinarem num só local de trabalho.

Acha que ainda existe um corporativismo forte nas universidades, que emperra a ligação ao mundo empresarial?

B.A. - Sim. O corporativismo é um mal geral da sociedade portuguesa, que vem do antigo regime e que infelizmente, o 25 de Abril não eliminou. O corporativismo luta por causas sem conteúdo. Os sindicatos, por exemplo, exigem mais salário sem quererem saber se há criação de riqueza ou não. Os patrões querem incentivos fiscais independentemente se têm estratégia ou se criam produtos com interesse. Os jornalistas, também, defendem valores determinados de uma maneira corporativa: têm direito de dizer mal de quem seja e não aceitam críticas de fora. Mas o corporativismo universitário é difícil de perceber, porque os académicos deviam ser pessoas de inteligência superior e assumir um posicionamento mais aberto. Mas como os professores universitários auferem hoje baixos vencimentos, isto obriga-os a uma carreira multifuncional, situação que os torna corporativos. Os bons professores não deviam ter limite de salário. É quase ridículo ver pessoas de grande craveira intelectual em manifestações, embora esta situação seja mais evidente em professores do ensino primário e secundário. Mas há sempre uma escapatória: um professor que é competente, sai da universidade pública, vai para o sector privado e protesta menos.

Quais as razões da sucessiva ineficácia das reformas do ministério da Educação?

B.A. - O ministério da Educação sempre foi um monstro dentro de outro monstro que é a administração pública. O ministério da Educação é o maior empregador nacional, deve possuir o maior teor de burocratas no sistema. Continua a gerir numa lógica de continuidade aquilo que existe, em vez de gerir numa lógica de base zero, por reformular o sistema por completo. Não têm existido verdadeiras reformas educativas. As reformas do sistema de ensino em Portugal têm-se centrado nas provas finais e de acesso e não nas questões de fundo, como o financiamento das estruturas - escola e universidade - e a alteração completa do sistema de remuneração dos professores. E quando esses temas afloram na comunicação social, desaparecem logo a seguir e fica tudo na mesma. E tem-se mais do mesmo.

Então qual a solução?

B.A. - Devia haver uma reforma que abrisse e descentralizasse o sistema de ensino. O ministério da educação devia ser um regulador, validador de currículos, a qualidade do exame e deixar o sistema funcionar, descentralizado. Já se está a fazer no secundário e no primário, mas no superior a evolução tem sido muito lenta. Devia-se centrar mais na gestão dos activos - infraestruturas, tecnologias de informação, bases de dados - e criar competitividade entre alunos e professores. É que nos mercados onde isto existe, as universidades não precisam de ser avaliadas, porque os bons alunos é que dão as notas, com o bom desempenho no mundo profissional. Os bons alunos procuram bons professores e os professores só ficam satisfeitos com bons alunos. Hoje temos um ciclo ao contrário: ao alunos querem ter o canudo depressa e os professores querem dar as aulas depressa. Por isso, nenhum é exigente. Quando dei aulas, fiquei espantado com professores que passam de uma universidade para a outra a dar a mesma matéria, como se fosse enlatado, o que é mau. Isso não dá criatividade e empreendorismo. Quando a aula é passada a debitar matéria de um livro ou de um artigo de jornal, e não se questiona os alunos ou se ensina coisas diferentes, se os professores não são criativos, os alunos não o vão ser. Não há dialéctica, criação de inquietação.

Porque é que as universidades são relutantes em aceitarem empresários na concepção dos currículos dos cursos?

B.A. - A pressão empresarial não é eficaz, porque a maioria dos empresários portugueses não são uma classe avançada, quando comparada com o resto do mundo desenvolvido. O tecido empresarial nacional ainda é um corpo fechado e pouco comunicativo. Por isso, o diálogo não é fácil. De um lado, temos o silo dos universitários e do outro, o silo dos empresários e não há bases comunicantes entre os dois sistemas: é raro ver um empresário tornar-se professor e vice-versa.

E as universidades privadas não têm contribuído para minorar essa falta de ligação ao mercado de trabalho?

B.A. - Muito pouco. Como as universidades privadas têm de concorrer com o ensino gratuito das universidades públicas, apostaram nos cursos de papel, lápis e borracha, porque o retorno do investimento é mais rápido. Não é preciso investir em grandes instalações, a qual é uma condição sine qua non para cursos de formação mais técnica, como engenharia e medicina, por exemplo. Essas é uma das razões do excesso de advogados, letrados, sociólogos e psicólogos. Só que as universidades privadas não tinham outra via.

No que diz respeito ao financiamento das universidades, que medida se deveria adoptar para aumentar a racionalização dos recursos?

B.A. - Sou a favor do financiamento do aluno - através de um cheque educação, por exemplo - do que a instituição universitária. Isso é financiar um peso morto, deitar dinheiro para um buraco, sem saber depois como ele é gerido.

Mas as universidades dispõem de autonomia na gestão...

B.A. - As universidades têm autonomia para gerir a despesa - que pouco tem a ver com investimento -, mas não possuem autonomia para gerir as receitas, porque quem o faz é o ministério das Finanças através da tributação. Ou seja, as universidades continuam centralizadas e dependentes do ministério das Finanças e da Educação.

Outra grande lacuna do mercado de trabalho nacional é a carência de profissionais de cariz técnico. Como aumentar a atractibilidade destes cursos?

B.A. - Essa é a pior de todas as situações. Em Portugal, depois do 25 de Abril, as escolas técnicas foram consideradas como discriminatórias do ponto de vista social, ofensivas da dignidade humana, por ser considerado um ensino dirigido às classes mais baixas. Toda a gente queria ser doutor, enquanto muitos poderiam, por exemplo, ser excelentes serralheiros e electricistas. Os espanhóis, ao contrário de nós, mantiveram as escolas profissionais, que são de necessidade evidente. Por exemplo, em Portugal, não há técnicos de saúde e são médicos que estão a ocupar esses postos. Em Espanha, há uma abundância de enfermeiros técnicos. Estou a pensar em fazer uma clínica privada e vou certamente recrutar técnicos espanhóis e brasileiros.

Porque é que os cursos de engenharia não preencheram a maioria das funções técnicas em falta?

B.A. - Porque os cursos de engenharia, por serem caros, não forneceram os profissionais técnicos em quantidade suficiente, sobretudo através dos engenheiros com grau de licenciatura. Teria sido mais rentável para eles, para o país e para as empresas se possuíssem uma qualificação intermédia, do que desempenharem funções de nível inferior à sua formação. No entanto, no passado, já os engenheiros técnicos reivindicavam a atribuição do grau superior. É um problema de cultura do título de "doutor". Mas não é preciso um grau académico para ter sucesso quer na vida empresarial e até na vida política. Temos muitos exemplos de políticos na praça que não têm curso nenhum. E abundam muitos jovens que se inscrevem nos partidos, porque não têm emprego. Por isso é que o parlamento fica cheio de pessoas que nunca trabalharam.

Já que fala de política, como comenta a recente declaração do primeiro-ministro António Guterres, ao afirmar que os portugueses são pouco profissionais?

B.A. - Foi o filho dele que disse isso, não foi?

Exactamente. O filho foi aos Estados Unidos e veio de lá impressionado com o que viu.

B.A. - Então não percebo como é que o filho dele disse isso. É por ser jovem. Não o conheço e não sei em que baseou essa afirmação. Mas aparentemente foi validada pelo pai. Como Guterres é um profissional da política, se calhar utilizou essa afirmação para o sector que ele conhece melhor, que é o dos políticos (risos).

Passemos à política de trabalho. Existe mesmo pleno emprego?

B.A. - O grave é o pleno emprego rígido e fictício, porque a economia consome apenas o número de empregos que são necessários na realidade.

Quer dizer com isso que o Estado continua a absorver pessoas, para evitar que o Governo enfrente os custos sociais do desemprego?

B.A. - A burocracia aumentou tremendamente e o Estado, independentemente dos governos que o administrem, não é muito agressivo a auto-reformar-se. Os governos, de facto, têm uma grande propensão para consumir pessoas, como assessores e ajudantes. Dado que o problema da produtividade não é atacado, há talvez alguma razão em contratar mais pessoas, como em situações de picos de trabalho. Mas isso acontece porque não se tomam as decisões de fundo de investir para modernizar, como as tecnologias de informação e melhorando o "caco" das pessoas que trabalham na administração pública. Isto tudo com a agravante das pessoas contratadas para uma tarefa criarem aderências ao sistema e ficarem como lapas que nunca mais saem.

Como avalia a política de formação dos últimos 15 anos?

B.A. - O problema é saber como o dinheiro para a formação foi gasto. E não se sabe. Criou-se uma indústria cujo objectivo era captar os fundos europeus, sem grande preocupação de formar pessoas para o mercado de trabalho. Caso contrário, tinham-se formado mais electricistas e técnicos de vária ordem. O fundamental era criar um curso para ter direito a uma receita, independentemente da qualidade daquilo que se ensinava e da real formação para o mundo do trabalho. O resultado é que hoje as associações patronais e uma certa classe de empresários vivem à custa dos subsídios do Fundo Social Europeu. Isto esteve longe de ser um investimento cuja produtividade seja recomendável.

Porque é que os empresários continuam a ver a formação como um custo?

B.A. - Nós aqui não vemos como um custo. Temos o problema ao contrário. No caso concreto da Sonae, há uma recomendação para as pessoas investirem uma determinada parcela da sua massa salarial na sua formação. Mas como muitas vezes as pessoas andam muito atarefadas, ainda não arrumaram nas suas cabeças que têm de dedicar parte do seu tempo para fazer formação, escolhida por si próprias. Nós vemos a formação como um investimento altamente reprodutivo e não como um desperdício de tempo.

Mas a maioria do tecido empresarial não pensa assim...

B.A. - Não sei, porque tenho uma vida muito intensificada naquilo que estou fazer. E como também sou um bocado crítico ao funcionamento das associações patronais, não tenho participado nestas. Tenho uma leitura um bocado distante dessa realidade. É uma das críticas que se pode fazer ao meu comportamento.

Mesmo assim, qual é a sua opinião sobre o novo acordo de concertação social, que consagra o direito a horas de formação aos trabalhadores?

B.A. - O problema é saber se essa formação vai existir, se é boa formação ou se lutam apenas por uma reivindicação. Nem sei qual é a percentagem da massa salarial, mas presumo que seja pequena. O problema é se essa formação está disponível e se as pessoas a querem ter. É uma questão de atitude. Tenho as minhas dúvidas se as pessoas querem as horas de formação para essa finalidade. Por exemplo, a reivindicação de 35 horas em vez de 40 devia ter algo mais substancial. Isso deverá ser possível com a criação de organização e condições de trabalho que permitam produzir mais e melhor em menos tempo. Não é trabalhar 35 horas para ganhar mais cinco horas extraordinárias.

A aula de Belmiro
Depois da entrevista, Belmiro de Azevedo interviu na sessão de apresentação do Grupo Sonae aos estagiários inseridos no programa "Contacto 2001". Das 2.217 candidaturas recebidas, só 125 foram seleccionadas, entre cursos de engenharia, economia, gestão e ciências sociais e humanas. Os jovens candidatos ouviram com atenção os conselhos sobre gestão da carreira do maior empresário do país, o qual também se sujeitou a uma sessão de perguntas. Eis alguns dos ensinamentos para o sucesso profissional do "professor" Belmiro:
  • Nunca se deve ficar pelo primeiro emprego. Se as pessoas querem evoluir, têm que se habituar à mudança de função, de sector, de empresa ou, num caso de um grande grupo económico, de departamento ou de área de negócio.
  • No primeiro emprego, o início da carreira "são 12 meses a carregar sacos". Isto porque o "canudo" não dá direito a nada e ser "doutor" não é ser inteligente. Para chegar ao topo e manter-se nessa posição, há que começar a escalar desde a função mais básica.
  • O sucesso profissional não depende apenas do trabalho. Para que a pessoa atinja os objectivos de uma carreira bem sucedida e sustentável, é essencial uma combinação equilibrada do trabalho com a família, o lazer e o desporto.
  • A licenciatura é apenas uma base para aprender a aprender e construir uma carreira. Mas não exclusivamente para a área em que a pessoa foi formada.

  • O magnífico reitor dos negócios
    A formação e o conhecimento são para Belmiro de Azevedo como pão para a boca. «O maior investimento que fiz na minha vida foi quando aos 17 anos decidi ser empreendedor e comecei a dar explicações para financiar o meu curso. Ginasticou-me 'caco' e o retorno do investimento é infinito. Por isso, a formação é o melhor investimento que qualquer pessoa pode fazer», afirma convictamente. Com efeito, o carismático presidente do Grupo Sonae considera-se como um reitor de uma escola de negócios, que transmite experiência profissional com valor económico. De facto, quando encontra um livro que acha importante para a formação e desenvolvimento da sua força de trabalho, não hesita e compra vários exemplares que distribui pelos quadros de topo.
    Tem horror à mediocridade e pugna pela diversidade de bases educacionais dentro da empresa. «Na diversidade é que está o ganho. Mas só entra na Sonae as pessoas que querem ter sucesso, mas não a qualquer preço. A maior valência é sempre a competência», refere. E não tem dúvidas quanto ao segredo do sucesso da Sonae: «É o somatório do esforço, rigor e criatividade de todas as pessoas que aqui trabalham».
    Belmiro não consegue ficar parado e é uma "pedra rolante" no mundo dos negócios. «Sempre gostei de fazer coisas diferentes. Portanto, quando uma área está bem consolidada e o método de trabalho está bom, vou pregar para outra freguesia», revela.
    Outra das raízes do sucesso da Sonae é a capacidade de detectar oportunidades de negócio e de decisão rápida. «É verdade que às vezes erramos e estampamo-nos contra a parede. Mas não há nada que com um bocado de tinta e uma ida ao bate-chapas não resolva. É melhor errar do que não decidir. Pelo menos, aprende-se», remata Belmiro de Azevedo.

    ...hum... agora até parece ter razão...

    Rui Rio prevê que depois de executado o QREN (2007-2013) o país terá as mesmas desigualdades. "O Norte tem muito dinheiro há muitos anos e, no entanto, continua a perder sempre", analisa, concluindo que "mais de 20 anos de União Europeia não serviram para reduzir as assimetrias".
    "in Jn 19.01.2007
    "

    quarta-feira, janeiro 17, 2007

    Não fossem as condições dramáticas...

    e eu partia-me a rir com o titulo do post do amigo druqks... "A pensar nisso ando eu..." enfim, se o gajo do último papa escreveu o livro em 3 semanas, este demorava 3 dias!!!



    Parabéns pelo, provavelmente, melhor titulo de post neste blog!



    Boas tampas!





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    terça-feira, janeiro 16, 2007

    A pensar nisso ando eu...

    Estás a pensar abater o meu carro...?



    Como se eu próprio já não tivesse pensado nisso. E nem era como um cão, porque por um cão tenho eu respeito, mais ainda do que pela esmagadora maioria da raça humana.

    Já pensei em inadvertidamente me esquecer da viatura debaixo de uma prensa para aço...ou então, como que tomado por um acesso de loucura, empurrar a dita cuja para os altos-fornos da Siderurgia Nacional...que não é coisa que se faça a uma pessoa, quanto mais a um cão.



    Mas enfim...se quiseres fazer também tua esta minha Cruzada contra os Mouros do sector automóvel, nomeada e mormente contra a minha viatura auto-própria, agradeço desde já o apoio...





    E realmente...estamos perto do fim...



    Como dizia o Grande Jim... "this is the end...my only friend...the end..."







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    segunda-feira, janeiro 15, 2007

    Pois bem...

    Como normalmente, atento ás noticias indianas, reparei no novo nome empregue pelos patrões para despedimento célere... flexisegurança (ou algo semelhante) os que leram um livro sobre o big brother, ficaram conscientes da similaridade deste termo com outros utilizados nesse livro.

    Enfim, outro visionário? Esperemos que não, pois o livro não augura nada de bom... claro, depende do ponto de vista... mas parece cada vez mais claro que as coisas caminham para a massificação dos despedimentos (Opel e outras mais) permitindo incutir o receio nos portugueses. Não ceder é difícil, preparem-se!!!

    Mudando de assunto... druqks estou a pensar mandar abater o teu carro - tal como um cão, parece ter contraído uma qualquer doença e estar em posição de erguer contra ti - pois não gosto da roda suplente - correndo o risco de parecer o gajo que escreveu o último papa penso que uso esta razão porque é tão boa como outra qualquer... :-)

    Estamos perto do fim...

    sexta-feira, janeiro 12, 2007

    Mea culpa

    Não foi minha intenção, sob que forma for, denegrir a imagem do valoroso automóvel. Nem sequer sabia que o automóvel era um dos melhores amigos do Homem. O meu não é certamente um dos meus melhores amigos. Está sempre a exigir estadias nas oficinas e só anda quando lhe apetece.


    Por outro lado, eu, se tivesse que abalrroar um qualquer membro da famigerada classe política numa qualquer passadeira deste país, não hesitaria nem um segundo. Poderia ser obrigado a acomodar a minha viatura numa oficina novamente, mas não hesitaria. O mecânico é que ia achar estranho o sangue no pára-choques...

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    quinta-feira, janeiro 11, 2007

    Contra!

    Amigos, amigas... é chegado o momento, de me insurgir contra este tipo de comentários... e abandonar o estilo "podes escrever o que quiseres" no TAMPA blog.
    Então o que aconteceu?
    O DRUQKS , de uma forma leviana, decidiu rebaixar algo que nos dá apoio diariamente, que nos leva e trás... o automóvel... ok, combater a classe politica... certo... mas porque danificar um dos melhores amigos do Homem?
    Espero, caro amigo, que te apercebas desse erro...

    Boas tampas...

    quarta-feira, janeiro 10, 2007

    Breve comentário

    A propósito da pertinente interrogação lançada pelo meu Camarada de Blog FLN, a saber, "Devemos ou não permitir a vida aos políticos?", é o seguinte o comentário que me apraz efectuar:



    NÃO!!!!



    Penso até que a existência dessa classe menor de Tugas deveria ser terminantemente proibida pelo Código Civil, Código Penal, Código Da Vinci e mesmo pelo Código da Estrada. Aliás, este último código poderia regulamentar os moldes legais para instituir a liberdade do condutor de fazer justiça pelo próprio pára-choques ao ser-lhe permitido o atropelamento indiscriminado da espécie política, sem que por isso sofresse qualquer tipo de penalização. Seria também permitido o abalrroamento e consequente atirar para a valeta de viaturas transportando Tugas Políticos. Seria permitido infringir as regras de trânsito quando em perseguição de um Tuga Político. Enfim...um sem número de inovações que poderia tornar mais divertido o acto de conduzir. Deste modo, a censura ao Governo seria efectuada nas estradas deste país. Lei aprovada que lesa o cidadão dá automáticamente direito a um ou mais polítios tetraplégicos. Penso que todos ganhávamos com isso... Era o fim da classe que tem atirado este este País para a lama...











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    Aborto (não, o assunto não é o nosso Primeiro)

    Em amena cavaqueira hoje mesmo à hora do almoço, fui confrontado com um revolucionário método de realização de aborto, por sinal já antigo, mas que tinha escapado ao meu conhecimento. Consiste o referido método na ingestão, pela mulher abortante, de uma cerveja preta, ao que se segue um violento atirar de cima da cama para o chão, qual Super-Mulher a voar do cimo de um prédio para a rua. Atente-se no pormenor de a cerveja ter que ser necessáriamente do tipo "Preta". É essencial...



    Por acaso, ou talvez não, fiquei com a idéia que ao usar a cama mais alta de um beliche em vez de uma vulgar cama, a eficácia deste método sobe exponencialmente. Ou quem sabe, uma fracturante queda ao longo das escadas da Casa da Música...



    É método com futuro, este da cerveja preta. Se este blog fosse bastante lido por mulheres em desesperado estado de gravidez, a Casa da Música ia deixar de ser conhecida pelos seus concertos de qualidade e passava a Clinica de Abortos Acidentais, com patrocínio da Unicer.



    Achei que devia partilhar isto, numa altura em que se discute a despenalização do aborto, que eu não compreendo. Temos alguns abortos em altos cargos de governação da Tugalândia que estão constantemente a ser despenalizados pela incompetência que demonstram. Enfim...











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    terça-feira, janeiro 02, 2007

    OVNI's







    Agência Espacial francesa vai disponibilizar arquivos OVNI na net


    Mais de 1600 incidentes documentados e seis mil relatórios elaborados
    nos últimos 30 anos pelo Centre National d’Etudes Spatiales vão ser
    disponibilizados para livre consulta on-line já no final de Janeiro,
    anunciou hoje a agência responsável pela investigação de assuntos
    espaciais em França.



    Testemunhos de
    pilotos da aviação civil e militar recolhidos após alertas de
    avistamentos de objectos ou fenómenos não identificados são alguns dos
    documentos mais interessantes que se poderão agora consultar.


    Os responsáveis da agência esperam um grande afluxo de acessos, especialmente nos primeiros meses de activação do serviço.
    Mais informações podem ser conhecidas a partir do endereço oficial do Centre National d’Etudes Spatiales em www.cnes.fr.





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